E
le faz parte das nossas vidas, influenciou várias ge-
rações com seus personagens. Gilberto Tumscitz
Braga, mais conhecido como Gilberto Braga, uma
potência na criatividade e a destreza como reconstrói a
vida real e suas novelas. De professor de francês a mag-
nífico autor, ele chegou à profissão por acaso. Ou, ain-
da melhor, porque pagavam muito por programas que a
TV Globo veiculava em sua grade, nos idos dos anos 70. E,
assim, escrevendo seu primeiro Caso Especial para a TV, a
Dama das Camélias, a teledramaturgia brasileira ganhava
um de seus autores mais brilhantes.
Mas sua carreira começara antes, como crítico de teatro
e professor de francês. Com 18 anos, falava duas lín-
guas e queria ser diplomata. Passou três meses em Paris,
em 1968, no auge dos movimentos estudantis, e des-
cobriu que não queria morar longe do Rio. Sonhou em
ser Diretor de Cinema, mas sabia que, de família pobre,
sem relações de amizade, seria difícil se tornar conhe-
cido. Foi aí que resolveu de forma prática: foi trabalhar
no O Globo. Então, esse estudante do Colégio Pedro II,
que se formou em Letras na PUC, começou a escrever os
famosos Casos Especiais.
De todo um mundo de histórias e personagens que
nos fizeram rir, chorar, torcer e odiar, mas, acima de
tudo, pensar, ele destaca seus próprios favoritos: Entre
Na página anterior, detalhe do escritório,
lugar preferido. Acima, quadro verde de
Arcangelo Ianelli, cadeiras Wassily
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