Magazine 56 - page 134

CULT
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E por falar em aula de quadrinhos, vale
voltar no tempo e conhecer esta história.
Definidos tecnicamente como arte sequen-
cial no livro “Desvendando os quadrinhos”,
metaquadrinhos de Scott McCloud (1995),
eles já podiam ser vislumbrados desde os
tempos das cavernas. “O homem sempre
usou imagens para contar histórias. As pin-
turas rupestres já tinham esta estrutura. As
tumbas do Egito antigo também não são di-
ferentes das histórias em quadrinhos. Mas é
só no fim do século XIX, início do XX, que
se formaliza a história em quadrinhos tam-
bém como um meio de comunicação, pois
surgem os veículos de massa. Elas começam
agradando às crianças e, depois, chegam aos
mais velhos”, conta Ricardo, acrescentando
que, a partir dos anos 1950, essas histórias
vão ficando mais adultas, como se vê, por
exemplo, em Peanuts, do americano Charles
Schulz, com um pé na psicanálise: “Nos
anos 1970, com a revolução sexual, ganham
força os eróticos, as
graphic novels
. E os
quadrinhos se tornaram verdadeiros livros.
Maus: a
survivor’s tale
(romance gráfico do
americano Art Spiegelman), por exemplo,
ganhou um Prêmio Especial Pulitzer.
“O homem sempre usou imagens para
contar histórias. As pinturas rupestres
já tinham esta estrutura. As tumbas do
Egito antigo também não são diferentes”
À direita, prancha de capa do Space Boy,
autografada, arrematada por 23.750 euros,
em leilão da Sotheby’s. No mesmo dia, a
tira abaixo, com assinatura de Charles M.
Schultz, saiu por 21 mil euros.
Sothebys’ / Art digital studio
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