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A partir do sucesso da linha Hermès, outras marcas lan-
çaram seus lenços com logos (como Yves Saint Laurent),
geometrias (Pierre Cardin) ou desenhos florais psicodélicos
(Pucci). Nos anos 50 e 60, cumpriam a missão de cobrir as
cabeças. Quando não circulavam pendurados nas alças das
bolsas. Até que o uso foi mudando, daí a variedade de me-
didas: consultoras de moda, como Amalia Piffero, ensinam
a dobrar e amarrar para variar a maneira de usar. Ela dá
um conselho básico: “Para evitar o resultado embolado, é
preciso dobrar bem o lenço. Quando fica uma tira estreita,
facilita criar visuais torcidos ou amarrados”, explica.
ALÉM DOS CABELOS
Estas variações obrigaram a aumentar as medidas tradi-
cionais dos carrés, já que as mulheres queriam cobrir os
ombros com os lenços. Ou faziam saias inspiradas nos pa-
reôs do Taiti. Chegavam a montar vestidos, com amarrados
espertos. Tudo com uma cara de verão e de férias – o que
desencadeou uma produção de lenços souvenirs, comer-
ciais ou lembranças de viagens. Miuccia Prada tratou de
lançar lenço com a vista da praia de Ipanema e os Dois
Irmãos quando abriu suas lojas no Brasil. Louis Vuitton tam-
bém distribuiu seus carrés com o logo famoso e o tradicio-
nal padrão xadrez da Burberry ganhou a versão de pescoço.
A dupla Dolce&Gabbana costuma desfilar coleções inteiras
cortadas ou amarradas de lenços estampados.
A produção brasileira tem uma marca que se especia-
lizou nesses pedaços de seda, a Scarf Me. Afinal, já ha-
via um bom começo, porque os irmãos e sócios Rodrigo
e Daniel são da família Rosset, proprietária de uma das
Dois lenços da Prada, um deles
com motivos bem cariocas.
À direita, mais um Ferragamo
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