

Referências hoje esquecidas pelas cervejarias de todo o
mundo são resgatadas pelos brasileiros, com destaques
para dois cariocas. Um deles, a GreenLab, que usou um
padrão neogótico para uma de suas criações, a HipHop.
Serigrafada na garrafa, o rótulo ganha um contraste incon-
fundível e, com isso, o cobiçado destaque, não importa a
sua posição na prateleira. O estilo gótico marca ainda um
dos mais premiados rótulos brasileiros de cerveja, a Double
Vienna, que a paranaense Morada Etílica desenvolveu
na forma de um ambigrama, como o de uma iluminura
medieval. Arte pura. Outra referência considerada vintage
entre as artesanais é o traço psicodélico, que marca os
rótulos das cervejas da Hocus Pocus e de linhas recentes da
Motim, como a 18 do Forte e a Canudos.
Hoje, se a sensualidade assumiu um formato
chique na propaganda e no marketing das grandes
marcas, nos rótulos das cervejas artesanais brasileiras,
o estilo ganha identidades próprias. Nos elegantís-
simos rótulos das cervejas da paulista Dogma, chama a
atenção o design da Rizoma, uma perfumada
double
pale ale
que ganhou a ilustração de uma bela e miste-
riosa personagem. Para Caio Stolf, autor do desenho,
a inspiração veio de uma das vilãs das revistas Batman,
Poison Ivy, vivida nas telas pela atriz Uma Thurman.
O lado botânico da personagem foi o link com a
marca da cerveja – rizoma é um dos elementos ener-
géticos da raiz de um dos ingredientes fundamentais
das cervejas, o lúpulo.
Imagens: Reprodução
MAGAZINE CASASHOPPING
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