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O prêmio nacional “Master Imobiliário” cate-

goria “Retrofit Empresarial”, de 2017, veio para

o Rio pelo nosso projeto, com outros parcei-

ros, o “Glória 122”. Antes denominado Centro

Empresarial Ernesto G. Fontes, empresário que incor-

porou, com a Construtora Pederneiras, os prédios

Londrina, Miritiba e Paranaguá, que deram origem

ao “Glória 122”.

Em 2018, entregamos, restaurada, a Casa de

Laranjeiras, para a imobiliária SergioCastro. Por mim

batizada “Petit Palais de Larranjerrás”, tem vitrais,

pisos, detalhes do anterior

Art Nouveau

e muito

glamour! Uma casa de estilo

Art Déco

/Eclético que

está levantando a autoestima do bairro.

Em breve, ficará pronto o Edifício Vieira Souto,

de 1939, na esquina de Av. Vieira Souto com rua

Joana Angélica, onde restauramos o

hall

social, e

estamos começando o lifting da fachada. Último

exemplar do

Art Déco

na orla de Ipanema e

Leblon, faz parte da vertente

Streamline

do estilo.

Mas a lista de prédios

Art Déco

no Rio precisando

de cuidados é imensa. Depois de muita luta, conse-

guimos, com o apoio do antigo diretor do Instituto

Rio Patrimônio da Humanidade, Washington

Fajardo, e da vereadora Leila do Flamengo, proteger

mais de sessenta prédios. Mas proteger não significa

nada, se não forem cuidados.

As maiores concentrações de construções

estão situadas no Centro, no Flamengo e em

Copacabana. No Centro, o A Noite pede socorro,

assim como o Rex, na rua Alcindo Guanabara, e

diversos outros. Mas a Mesbla, no Passeio, e o

Vitória, na rua Senador Dantas, passaram por reno-

vação recente. Foi na área que surgiu, entre 1920

e 1930, depois do desmonte do Morro do Castelo,

o maior espaço

Art Déco

da cidade. Dezenas de

prédios. É, aliás, esse um dos motivos apontados

– especulação imobiliária – para o arrasamento do

Morro, onde estavam marcos da fundação do Rio.

Ali surgiram ícones do estilo. Tivemos uma “pré-

-Brasília” de novos ministérios e repartições nesse

espaço, onde o Estado Novo, de Getulio Vargas,

celebrou as novas construções estatais numa expo-

sição chamada “Novo Brasil”, de 1938.

Art Déco

? Muitas. O Ministério do Trabalho, com

serralheria de Pelegrino & Fernandes, é espetacu-

lar! O Ministério da Fazenda, com seus relevos do

Ao lado, Bar Lagoa, na Av. Epitácio Pessoa, com mais de

80 anos e tombado pelo Patrimônio. Edifício Novo Mundo,

na Av. Presidente Wilson. Projeto de 1934, do arquiteto

Ricardo Wriedt. Acima, Edifício Centro Empresarial Ernesto G.

Fontes, na Glória, projeto de 1940, retrofit do Instituto Art Déco

Brasil e da Prochnik Arquitetura. Edifício Itahy, Av. N.Sra. de

Copacabana, 252, pórtico Nativista de Pedro Correia de Araújo

Foto: André Nazareth

Foto: Marcio Irala

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