Magazine 56 - page 116

Para a escolha das obras, Paulo Venâncio estabeleceu
as diversas categorias e modalidades da visão do objeto e
suas múltiplas definições dentro do universo da arte, do
objeto ativo ao relacional, do gráfico ao poético. “Toda
obra de arte, em princípio, é um objeto, mas com o
objeto surge uma nova entidade específica, polimórfica,
heterogênea”, explica o curador. “O objeto tornou-se
uma categoria própria, embora de difícil e instável defi-
nição; e se modifica constantemente no tempo e no es-
paço, de artista para artista. Plana é a pintura; tridimen-
sionais são escultura e objeto – é a única característica
que ambos possuem em comum”, diz.
Assim, foram colocadas, lado a lado, obras significa-
tivas que integraram os mais diversos movimentos da
arte brasileira e todo o instrumentário teórico que en-
volve as obras desses artistas plásticos. Entre os exem-
plos, obras que mudaram nosso panorama artístico,
como os extraordinários Bólides e Relevos Espaciais,
de Hélio Oiticica; os Bichos, de Lygia Clark; o Cubo
Vazado, de Franz Weissmann; o Cubocor, de Aluisio
Carvão; o Cubo Aberto, de Sergio Camargo; o Cubo/
Caixa, de Antonio Dias; os discos em placas de acrílico
com letraset e grafiti, de Mira Schendel.
O salão da exposição e a história da
arte contemporânea brasileira, com a
curadoria de Paulo Venâncio
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CULTURA
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