Magazine 56 - page 118

neoconcreto – e a inclinação da arte brasileira para essa
tendência baseada no ideário do construtivismo.
O movimento concreto no Brasil teve a sua origem em
São Paulo, vinculado ao processo político da ideologia
desenvolvimentista brasileira. Esses artistas vão pro-
curar os valores mais positivos da sociedade industrial
através de uma estética de vanguarda e postulando um
vocabulário geométrico como meio de expressão. Nesse
projeto artístico havia o desejo de propor uma visualida-
de que possibilitasse uma ponte entre arte e indústria,
com uma clara ênfase na tecnologia. Já os neoconcre-
tos tinham uma proposta de intervenções mais radicais,
postulando novas linguagens como as instalações am-
bientais, engajamento do corpo e a inclusão do espec-
tador agora como também um participante da obra.
Boa parte das obras em exposição foi criada no final
dos anos 1950 e no começo dos anos 1960, quando
surgiram as bases das transformações da arte brasileira
e os fundamentos da arte contemporânea. Esse período
assinala o momento mais importante para as artes plás-
ticas brasileiras, em adquirem um caráter próprio, uma
madura autonomia, que levou ao cenário internacional
uma contribuição original.
A I Bienal de São Paulo em 1951, deu início ao proces-
so de intercâmbio de artistas, críticos e público brasileiro
com a produção de arte internacional, provocando uma
vigorosa renovação no nosso cenário artístico. A linha
construtiva de nomes, como o de Max Bill, e a premiação
do jovem pintor Ivan Serpa, com um trabalho de estrutu-
ra geométrica, eram partidas aos movimentos concreto e
Escultura COM, de Lygia Pape,
da coleção de João Satamini.
Do MAC para a Escócia
Uma mostra virtual com um
pouco do que os escoceses
aprenderam sobre a arte
contemporânea brasileira, na
versão para iPad de Magazine
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