Logo cedo, estava me acabando nas calorias desta maravilha acima, o Red Velvet Cake da Golden Sucos, e no meu headphone começa uma música que adoro – Colors, da banda Black Pumas. Um suingue delicioso, com uma letra inspiradora, que diz mais ou menos algo como “...acordei primeiro com o céu da manhã, azul bebê como esperávamos...com todas as minhas cores favoritas, todas as minhas cores favoritas...”. Realmente inspirador, e propício frente à essa intensidade de cor presente nesta sobremesa, não é mesmo?
Eu sou um homem que gosta de cores – e as uso com vontade, mesmo. A prova é este espaço que fizemos, Lenora Lohrisch e eu, para a Casa Cor Rio de Janeiro 2023. Sob o teto azul e rosa do Instituto Brando Barbosa, paredes em vermelho escuro, tapetes da Avanti em tons de coral/marrom/cinza, sofás e poltronas da Vivence em tons claros e cadeiras e mesas laterais – também da Vivence – em terracota. A marcenaria excepcional da Roma Mobili, em um tom lindo de castanho médio arrematado por cinza escuro, recebe a obra monumental de Franz Kracjberg, da A. Thebaldi Galeria. E o que falar dos vitrais originais da casa em azul cobalto e vermelho rubi, magnificamente arrematados pela impecável marcenaria de meu amigo André, a.k.a. Roma Mobili?
Claro que dá trabalho misturar cores. É bem mais fácil fazer um espaço todo neutro, mas...eu gosto desta mistura. Acredito que, desta forma, estou transmitindo parte do repertório adquirido ao longo da vida.
E, segundo o que eu vi em todos os perfis das redes sociais, a última Feira de Design de Milão foi pródiga em mostrar cores de toda sorte. Então, resolvi procurar este componente pelas lojas do Casashopping, e de início já me deparei com estas peças de Marô Antunes, na vitrine da Ekko Home, dentro desta bandeja linda em couro laranja. Divertidas, lúdicas, extremamente decorativas...foi um bom início para desenvolver o tema.
Ainda na Ekko Home, me encantei com estes trabalhos delicados By Gabs, dobraduras impecavelmente bem executadas em perfeitas caixas de acrílico. Eu fiquei curioso com o processo construtivo deste trabalho, mas fiquei ainda mais encantado com o resultado. Teria colocado na estante da Casa Cor (cuja foto postei acima) com gosto!
E não pude deixar de me encantar também com essa proposta da Breton, tons terrosos e secos com essa poltrona em um ocre aceso, maravilhoso. Eu adoro estofados nesta cor, são uma aposta clássica para qualquer tipo e/ou estilo de decoração. E esta poltrona, além de tudo, já de saída mostra que além do desenho maravilhoso, oferece um conforto à altura. Chic, extremamente chic.
Encontrei o vaso acima na vitrine da Tutto Per La Casa, de formas clássicas e desenho moderno, uma mistura de temas e cores muito elegante e informal – um objeto que pode fazer a diferença em uma decoração. Ultimamente tenho visto vários ceramistas (sigo um monte de perfis deste segmento nas redes sociais...) apostarem nas cores e texturas, uma feérie apaixonante para um entusiasta deste material, como eu. Ainda penso naquela cena clássica do filme Ghost, com a jovem Demi Moore fazendo cerâmica, e sempre penso que me lembro disto tenho ímpetos de fazer cursos de cerâmica, queimas e esmaltes. Mas não podemos fazer tudo, e tem gente excepcional já trabalhando neste meio, então aproveitemos esta explosão de criatividade para deixarmos nossas casas ainda mais únicas.
Quase pirei a hora que vi esta imagem no perfil da Quaker Oficial. Este papel de parede, da INGK Wallpaper Collection, é simplesmente...wow! Eu tenho uma estante no corredor (pintado em verde-bandeira) em minha casa, na verdade um nicho na parede, repleto de taças, vasos e jarras em vidro e cristal transparente. Estou seriamente pensando em forrar este nicho com este papel divino-maravilhoso, vai transformar um nicho aparentemente comum em algo muito especial. Lindo, apaixonante...
Ainda no meu périplo pelas lojas do Casashopping, eu encontrei esta obra acima, autoria de Armarinhos Teixeira, pendurada na parede da A. Thebaldi Galeria. Um trabalho já intenso, matérico, sensual, e agora neste tom absurdo de azul, que lembra o pigmento nomeado por Yves Klein. Claro que a Galeria tem paredes brancas, mas fiquei pensando nesta obra sobre uma parede verde escuro, ou cinza chumbo, ou até num tom fechado de ocre, com uma iluminação precisa – causaria um impacto maravilhoso em qualquer espaço. Não apenas o conteúdo formal e artístico da obra, mas também o resultado que esta pode causar dentro de um espaço, eu gosto de aproveitar estas situações...
Pensei a mesma coisa para estes quadros da Fast Frame. Aqui, em um espaço neutro, poderiam adquirir uma nova dimensão sobre uma parede amarelo forte, ou sobre um fundo terracota. Os museus de todo mundo já fazem isto em suas exposições temporárias, utilizam da cor para valorizar a apreciação das obras de arte em um percurso. Recentemente, fui ao MASP (Museu de Arte de São Paulo), o icônico edifício cravado no meio da Avenida Paulista, obra da arquiteta Lina Bo Bardi, para ver uma exposição do inglês Francis Bacon. Suas obras em cores intensas pareciam flutuar sobre as paredes pintadas em verde escuro, em um belíssimo projeto expositivo.
E termino este tema, hoje, com este cenário proposto pelo Aventura Lab para uma festa infantil. Contrastes e iluminação criando um cenário único, que deve ter deixado esta criança maravilhada com a proposta e – principalmente – com o resultado. Fiquei até pensando em fazer uma festa de aniversário neste espaço, utilizando estes componentes para deixar meus convidados dentro de meu universo multicolorido. Com “all my favorite colors...”, como ensina a canção que inspirou este post.
Wair de Paula Jr.