A definição de brilho é a da “luz que um corpo irradia ou reflete”. Como a Lua, que reflete a luz do Sol e emana seu brilho prateado, e que já inspirou uma infinidade de poetas e artistas. Particularmente, credito ao “brilho” uma qualidade que transcende ao seu exterior – vamos a um conceito onde este termo está relacionado a uma conexão profunda com princípios não apenas físicos, mas etéreos, transcendentes. E o objeto que abre este post, da Ekko Home, une todos os significados desta palavra – não apenas por seu brilho explicitado, mas também pela poesia manifestada através destas figuras sobre o burrinho, em uma paisagem aparentemente árida. Eu ainda devo estar sob o impacto da leitura de “Salvar o Fogo”, o belíssimo livro de Itamar Vieira Junior, que apesar de se passar em um cenário árido tem um brilho no texto, nos personagens e na poética que me encantou desde o início.
As maçanetas Altero Casa, da linha Wave (foto acima), conjugam não apenas o brilho em sua superfício como – e principalmente – em seu design, orgânico, suave, quase sensual nesta curva primorosamente pensada para melhor empunhadura. Os ângulos desta peça proporcionam certo “engano” visual, resultado não apenas do primoroso acabamento, mas principalmente por seu conceito.
Também da Altero Casa, a linha assinada pelo arquiteto Silvano Basiglio se expressa através de um minimalismo lindo, tão bem desenhadas que me fez ter vontade de ver os estudos primários destes produtos. Novamente, as linhas parecem ter sido pensadas para explorar ao máximo os acabamentos, gerando reflexos e dimensões interessantes – e o que dizer da gama de cores, senão que é de tirar o fôlego?
Eu tive a sorte de ver o centro de mesa acima, do portfólio de produtos da Ekko Home, sendo terminado na fábrica, por mãos extremamente cuidadosas. Esta peça é linda, contemporânea, de desenho aparentemente simples, mas execução impecável - e ainda me lembro das mãos enluvadas terminando o polimento da peça, para depois ser embalada com cuidado. Aqui o brilho também transcende da superfície, este desenho remete um pouco às pinturas corporais dos povos originários (não sei se a inspiração foi esta, mas...), em suma – lindo.
A nobreza do porcelanato acima, da Mais Revestimentos, não ostenta toda a tecnologia presente para fabricar este produto. Acima de seu inegável aspecto estético, a facilidade de manutenção, a praticidade da instalação e a durabilidade deste produto são características que o elevam a outro patamar – isto sem contar este projeto de tirar o fôlego. E eu adoro estes desenhos intrincados, que parecem terem sidos amalgamados ao longo da passagem do tempo, criando brilhos e texturas extremamente ricos.
Também da Mais Revestimentos, a cerâmica acima, de superfície extremamente polida e irregular, novamente me lembrou os cenários dos livros de Itamar Vieira. Este tom de terra, acrescido do brilho de seu acabamento, deixam qualquer superfície mais nobre, mais interessante, mais calorosa. E – novamente – a manutenção deste tipo de produto é facílima, totalmente em acordo com as necessidades atuais. Beleza, praticidade e ancestralidade reunidas em um único produto.
Confesso ter ficado apaixonado pelo revestimento acima, da Strufaldi Cerâmica, loja recém-aberta em nosso Casashopping. O mosaico Fogli, da coleção Renaissance, é uma miríade de texturas e nuances que me deixaram fascinado. E este formato é de uma beleza tamanha, que me deu vontade imediata de colocá-lo em um projeto. Parece que cada elemento deste mosaico foi feito de forma única, e eu sou um entusiasta deste conceito, da unicidade dentro de um processo produtivo.
Assim como fiquei boquiaberto com a beleza deste revestimento da Tanto Revestimentos, em arcos que remetem à conceitos históricos, ancestrais. Novamente o caráter de unicidade que tanto me fascina, com matizes e desenhos irregulares, sempre dentro de uma composição extremamente bem equilibrada e de execução impecável. Mais um produto que me provoca ímpetos de vê-lo em um projeto especial.
E não podia deixar de falar do brilho da luz, o brilho não apenas em termos reais como principalmente no conceito da luz como conhecimento, vida. Aqui, nestas belíssimas luminárias em rattan da Casarão Lustres, provocando sombras e brilhos de toda ordem, manifestando o trabalho artesanal de maneira contemporânea. Este tipo de luminária está presente em várias coleções de várias marcas no momento, uma percepção das marcas de que este tipo de luz conjuga não apenas beleza e calor estético como uma certa sensação de bem-estar, fundamental sempre.
Diz o ditado que “quem tem brilho próprio, não precisa de holofote”. Os produtos deste post têm brilho próprio, assim como as marcas que os comercializam.