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inspiração
Mais do que um chavão, a expressão “La Vie en
Rose” está ligada à Provence. Ainda a produtora
Valérie Rousselle, nos traz o vinho com a marca com
duas informações surpreendentes: 1) O vinho foi regis-
trado com esse nome porque ninguém tinha feito an-
tes, achando que, obviamente, alguém já tinha regis-
trado. 2) Que a Edith Piaf, mesmo coautora da música,
só fez sucesso depois da versão de Louis Armstrong.
Na França, talvez, já que, aqui no Brasil, a canção, tal
como o vinho, já é sucesso há muito tempo.
MAGAZINE CASASHOPPING
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La Vie em Rose, do Château Roubine.
Ferrari, o lado rosé do espumante do norte da
Itália, eleito o melhor do mundo.
Mas os rosés são também um campo farto para a
criatividade dos enólogos, que aplicam castas inespe-
radas para os provençais. Os portugueses, tão famosos
pelo mítico Mateus Rosé, um dos mais vendidos do
mundo, produzem o vinho com as suas bagas,
maria-
-gomes
e
touriga nacional
, como Quinta do Saes, com
cor que lembra um esmalte, e que pode fazer um belo
par com os leitões à pururuca; os gregos estão trazen-
do rosés quase brancos, como o Costa Lazaridi, quase
brancos, à base de
merlot
, que vêm se revelando um
surpreendente parceiro do sushi.
Da Itália, vêm rótulos nobres como o Rosamara,
também muito claros, produzido pela Costaripa, à
beira do Lago de Garda, a partir de castas conheci-
das, como o
barbera
e o
sangiovese
, e outras menos
lembradas, como o
gropello
e o
marzemino
, para gerar
um acompanhamento refinado para o peixe. Os dois
vinhos rosés americanos mais bem cotados pela revista
britânica Decanter têm a base no
pinot noir,
a mesma
do espetacular alemão Villa Wolf.
Recentemente, o Anuário Brasileiro dos Vinhos pôs os
dois melhores rosés nacionais, ambos espumantes, nes-
ta lista de uvas não provençais: o Bossa 3, da Vinícola
Hermann, produzido com a sul-africana
pinotage
e a
bordalesa
cabernet franc
; e o Yoo Boutique Brut Rosé,
da Décima, à base da italiana
trebbiano
e também de
pinot noir.
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