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inspiração

O Centro é responsável pelos estudos do vinho rosé

a partir da análise de mais de 600 rótulos que recebe

anualmente de todo o mundo – até da China. Uma das

surpresas do estudo é o número inimaginável de cores

dos vinhos do estilo: são mais de 140, de uma paleta que

vai do mais leve tom de cebola até o groselha intenso,

passando pelos tons de salmão e, claro, pelo rosa bebê.

A cor final de cada rosé é uma combinação de

fatores. O primeiro deles, a casca das uvas usadas,

todas elas tintas – o vinho rosé, ao contrário do que

se pensa, não é uma mistura de brancos e tintos. Pelo

contrário, somente uvas tintas são esmagadas, mas

deixadas por menos de um dia em contato com as cas-

cas. O equilíbrio das cores se dá com as combinações

das uvas, vinificadas separadamente.

Falar em vinhos rosés é, de fato, remeter à Provence.

Mas os estudos do Centro de Pesquisas trazem dados

reveladores sobre os hábitos de consumo. A França bebe

mais do que produz – importa italianos e espanhóis para

suprir o mercado. A Noruega é quem mais aumenta o

consumo (7% no ano passado) e um inesperado Uruguai

é o maior produtor por habitante.

Mas a cor é a atração maior do vinho rosé. Se o con-

sumo aumenta em cada mercado, é por conta daquilo

que o estilo mais atende, o frescor e a acidez que esse

tipo de vinho proporciona. Este perfil se deve aos

terroirs,

que reúnem sol intenso, clima seco, solos pobres e bem

drenados, além de uma ação rápida na colheita, para

impedir que qualquer exposição ao ar interfira – e como

interfere – nas cores.

Salmão: cor predominante nos rosés da Provence,

em rótulos como a Domaine des Diables.

MAGAZINE CASASHOPPING

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O vinho rosé, ao contrário

do que se pensa, não é

uma mistura de brancos

e tintos. Pelo contrário,

somente uvas tintas

selecionadas são

usadas no preparo.