A foto acima é de autoria de Pedro Ariel Santana, autor do livro “A Grande Beleza”, onde retrata com seu celular espaços arquitetônicos (principalmente os da Casa Cor, da qual é um dos curadores). Retrata o espaço de Junior Piacesi (www.piacesi.com) feito na Casa Cor BH, e este espaço denominado Refugio foi construído a seis metros do chão. Sua estrutura metálica interfere minimamente na paisagem – mas sua fachada, revestida em espelho, mimetiza este espaço ao seu entorno de forma poética e instigante.

Este é um recurso que tem sido utilizado com mais freqüência ultimamente,  em virtude das tecnologias que envolvem a fabricação de novos vidros e revestimentos espelhados. 

Veja o projeto abaixo, o projeto “Mirage”, de autoria de Doug Aitken. Esta casa em Coachella Valley, na California, parece refletir todo entorno – de forma fantástica.
 


Esta solução praticamente mimetiza esta edificação ao seu entorno, sensação esta reforçada pela natureza bruta que a cerca.


 
O escritório Ö Ö D, da Estônia, é o responsável por esta beleza abaixo. Esta habitação, cujo sistema de montagem pré-fabricado permite a execução deste em um curto prazo de tempo, tem em torno de 20 metros quadrados , englobando um estúdio, quarto, cozinha e banheiro – tudo isto a um custo aproximado de 36 mil euros.


 
Saído das pranchetas e computadores do escritório austríaco Hope of Glory, esta fachada espelhada está na cidade de Graz, na mesma rua da sede da Unesco. Em virtude de ser uma área histórica, utilizaram este recurso – uma simples fachada em aço inox ultra poido – para que este prédio praticamente se “desmaterializasse” perante aos edifícios do século XIX que o cercavam.


 

Batizado como “O Portal Invisível”, esta estrutura, localizada nos Andes Peruanos, é uma parada, um descanso, uma plataforma poeticamente instalada entre as cidades de Guaranda e Babahoyo. Criação da Natura Futura Architecture, data de 2016.


 
Abaixo, mais alguns exemplos desta atitude arquitetônica – que não é uma tendência, é mais um manifesto de integração ao meio ambiente, uma forma de interagirmos de forma mais respeitosa com a paisagem e a natureza.


 
Um cubo espelhado, que parece flutuar, reflete – e completa – a linha de montanhas que cerca este projeto.


 
Aqui, um lado desta casa totalmente revestido em uma superfície espelhada provoca uma intrigante estranheza, e consigo imaginar o número de selfies postadas com este cenário.

Nestes exemplos, o a superfície reflexiva não apenas reflete, mas faz perceber o cenário de forma a repensarmos nossos modelos arquitetônicos de forma definitiva.

Wair de Paula Jr.