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A literatura da Idade Média aos dias de hoje

entre moinhos de vento e aventuras marítimas

E

m

Os Lusíadas

, Luís de Camões descreve a aventura

de Vasco da Gama a caminho das Índias com versos

grandiloquentes. Publicado em 1572, o poema

exalta o espírito heróico dos navegantes que se lançavam

ao mar, no ápice da expansão marítima da Península

Ibérica durante o renascimento. Oito anos mais tarde,

o espanhol Miguel de Cervantes começa a escrever a deli-

rante saga de seu

Dom Quixote

, um fidalgo de 50 anos

que perde o juízo lendo romances sobre cavaleiros e sai

por aí montado em seu cavalo desengonçado, acompa-

nhado do fiel escudeiro Sancho Pança.

“Para a literatura

portuguesa, o mar é

a grande metáfora.

Ele também aparece

como um símbolo

poderoso para poetas

mais recentes…”

As obras-primas de Camões e Cervantes são parte de

um grande legado, construído por autores portugueses

e espanhóis, da literatura mundial. O impacto causado

pelos dois clássicos ultrapassou as fronteiras dos seus

países e atravessou os séculos. O poeta americano Ezra

Pound chamou Camões de “o Rubens da poesia”,

em referência ao celebrado pintor flamengo. Quatro

séculos após seu lançamento, em 1605, “Dom Quixote

de La Mancha” é um dos livros mais traduzidos depois

da Bíblia. É possível encontrá-lo em mais de cinquenta

idiomas pelo mundo afora.

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