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unca se falou tanto e tão bem de Portugal quanto agora. E muito

dessa boa fama se deve ao

chef

José Avillez, um lisboeta magrinho,

de 38 anos, que virou a cozinha lusa pelo avesso, modernizou

a estética dos pratos, ousou em combinações, até então impensáveis,

adicionou pitadas de bom humor e irreverência em suas criações, sem,

porém, em qualquer momento, abrir mão dos verdadeiros sabores locais.

A essência da cozinha lusa está toda ela ali, imexível. Daí, deu no que deu:

a vez é do Avillez,

chef

à frente de nada menos do que doze dos melhores

restaurantes de Lisboa, que começou o ano rodeado de louros. E não falo

aqui da folhinha de

laurus nobilis

, tempero tão presente nas receitas da

Terrinha. O louro em questão se refere à conquista do Grand Prix de L´Art

de la Cuisine, o cobiçado prêmio de melhor

chef

do mundo, concedido pela

Academia Internacional de Gastronomia. Foi o primeiro

chef

português a

merecer tamanha honraria. Não é pouca coisa. Como Ferran Adrià – o

chef

catalão do El Bulli que colocou a culinária espanhola no topo do mundo

–, Avillez, com a sua cozinha lusa renovada, é hoje a principal referência

da gastronomia portuguesa; e um dos maiores responsáveis pelo enorme

sucesso que Portugal faz pelos quatro cantos do planeta. Nos últimos cinco

anos, o país se tornou um dos principais destinos turísticos da Europa. E

fazer turismo, convenhamos, tem que ter cozinha, pratos, taças, estas, aliás,

andam também tilintando alto, com vinhos portugueses excepcionais.

Além de entusiasmo e paixão, um dos maiores méritos de Avillez é o

respeito e apreço que demonstra pelas tradições culinárias de seu país. Nada

de toques franceses ou pegadas asiáticas: o que é servido em suas casas é

100% local. Os cardápios que assina (o mais recente deles é a Cantina do

Avillez, em Alfama) são recheados de pratos clássicos que o

chef

pincela

com toques modernos, mas que não maculam a sua essência.

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