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atribulada, fixou, mais tarde, residência em Giverny, onde
seu famoso jardim e o Lago das Ninfeias serviram de ins-
piração imediata para essa extraordinária série que Monet
realizou, septuagenário e com um olhar já enturvado. Ao
envelhecer, Monet perdeu a visão, ficou inseguro e pen-
sou em queimar seus últimos quadros.
O legado de Monet, assim como suas instruções, foi
testemunha de três grandes reformas do L’Orangerie,
depois de sua integração a outros institutos, primei-
ro o Musée du Luxembourg, hoje, o Musée d’Orsay.
Em 1965, o Museu foi transformado para abrigar, no
piso inferior do museu, a coleção de 144 pinturas im-
pressionistas e pós-impressionistas do marchand Paul
Guillaume. É uma galeria à parte com obras fundamen-
tais, como quadros da fase azul de Picasso, da última
fase de Cézanne, alguns dos melhores exemplares de
Renoir e algumas das mais conhecidas telas de Matisse,
Modigliani e Gauguin. Todas foram adquiridas pelo
Estado francês, com a participação da Associação dos
Amigos do Louvre, entre 1959 e 1963.
Entre 2000 e 2006, veio a mais recente reforma do
prédio, que atendeu a um último requisito de Claude
Monet, com o uso da luminosidade durante o dia. Com
essa renovação do museu, “Les Nymphéas” – como
foram batizadas originalmente – encontraram a sua
plenitude e parecem exalar suas cores pelo espaço.
Ninfeias brancas e amarelas no Kunstmuseum, em Zurique. Na página anterior,
a passarela sobre as ninfeias, em Giverny, do Metropolitan, em Nova York
Reprodução
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