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tendência

LONDON

CALLING

O

London Design Festival (LDF) é um evento anual,

realizado para comemorar e promover Londres

como a capital do design do mundo e como por-

ta de entrada para a comunidade criativa internacional.

Realizado de 17 a 25 de setembro, o evento teve como

sede o conceituado Museu Victoria & Albert – um dos

pontos de partida de mais de 400 instalações aconte-

cendo pela cidade – que trouxe reflexão e interação

com as criações inovadoras e instigantes dos maiores

arquitetos e designers do mundo. Uma contribuição

para o universo da Arquitetura e do Design com ideias

criativas e desafiadoras.

A novidade que o evento trouxe este ano foi a primeira

edição da London Design Biennale que ocupou todo o

espaço do majestoso palácio Somerset House, um museu

de arte e design às margens do Rio Tâmisa. O evento

segue o modelo de bienais e festivais de arte e arquitetu-

ra de Veneza e traz 37 países participantes da grande ex-

posição cujo tema é Utopia e Design, que marcou os 500

anos do livro Utopia, de Thomas More, um dos ícones da

Renascença inglesa.

Renomadas coleções de arte do mundo e espaços

históricos convivem com instalações de grandes escalas

como exemplo, a Green Room, no Victoria & Albert. Com

sede em Londres, a dupla Glithero, em parceria com o

fabricante de relógios de luxo Panerai, criou uma instala-

ção com base no tempo simulando o movimento circular

dos braços de um relógio. A dupla usou véus de cordas

coloridas que sobem e descem em movimentos lentos e

coreografados controlados por um braço motorizado. O

teto alto e as grandes janelas redondas do museu criam

um ambiente com dramaticidade arquitetônica e convida

o visitante à reflexão de seu conceito sobre o tempo.

O desafio de assegurar qualidade de vida ao dia a dia

nos grandes centros aparece na instalação conceitual do

jovem arquiteto britânico Asif Khan, para Mini, no distrito

de Shoreditch; três contêineres de vidro em diferentes

áreas, contendo uma “fatia” de floresta úmida, propõe,

do trajeto ao trabalho, pausa para o reencontro das

pessoas com seus cinco sentidos; inspirado no “banho

de floresta” dos japoneses, as três instalações temáticas,

Connect, Create e Relax são propostas de oásis urbanos

para áreas movimentadas.

Smile, da arquiteta Alison Brooks, o Landmark Project,

para o LDF mostra o potencial estrutural da madeira lami-

nada (CLT) usando a

tulipwood

americana para criar um

túnel curvo que se ergue do chão tocando-o em apenas

um ponto. Poderia ser descrita como um objeto voador

não identificado com 34 metros de comprimento por três

metros de altura, mas que lembra um grande sorriso.

Foi criado como um ambiente que integra estrutura,

superfície, espaço e luz, em uma agradável interferência

no espaço urbano, que transmite a evolução das possibi-

lidades estruturais da madeira na arquitetura, aliado ao

caráter visual dinâmico inserido na paisagem do entorno.

Linda parceria da arte, arquitetura e engenharia.

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