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Texturize-se

Wair de Paula, Jr.


 
Até bem pouco tempo atrás, no universo do design de interiores, a tendência era o uso de superfícies ultra-polidas nos móveis e paredes. Mas os deuses da inconformidade começaram a mexer seus pauzinhos, e as texturas começaram, pouco a pouco, a aparecer em tecidos, revestimentos, papéis de parede...e chegaram para ficar. O papel acima, utilizado em um projeto da arquiteta Marilia Veiga, é uma beleza tirada do portfolio de produtos igualmente lindos da Orlean (@orleanrio). Muito chic, não?
 


Da sutileza do papel de parede anterior à explicitude deste, da Vilarejo Conceito (@vilarejoconceito), que lembra vagamente a estrutura do pau-a-pique, os conceitos sobre textura podem ser levados à extremos. Mas sempre com bons resultados, se o produto for de qualidade como este.
 


Esta poltrona fofa, quase um ursinho de pelúcia de tão fofa, é da última coleção da Artefacto (@artefactooficialbrasil). Uma peça quase básica, neutra, e – por isso mesmo – beirando ao indispensável. Confortável, design limpo, tecido com textura ultra-macia...está no topo da minha wishlist.
 


A textura presente nesta mesa, também da última coleção da Artefacto, é de uma simplicidade e beleza maravilhosas. Considerando-se a origem da Patricia Anastassiadis, diretora criativa da marca, vemos claramente referências da cultura grega, reinterpretadas sob a ótica contemporânea. Um produto lindo, atemporal.
 


O sofá Agogo, da coleção de Lili Sarti para a Breton (@bretonoficial), é puro aconchego. Me lembrou imediatamente a minha infância, onde eu passava tardes em um sofá parecido vendo Sessão da Tarde, onde vários filmes ajudaram a formatar parte da minha cultura cinematográfica. O desenho curvo, os gomos, o tecido de textura proeminente – tudo isto ajuda a transformar este sofá em um quase casulo, uma experiência de conforto ímpar.
 


O tramado forte deste sofá da Arquivo Contemporâneo (@arquivocontemporâneooficial) lembra quase um tricô, uma malharia de alta qualidade. Suas formas simples, quase convencionais, ganham outro status em virtude do revestimento texturizado – e extremamente macio também. Outro daqueles sofás que dá vontade da gente se jogar e ver a vida passar ao largo...
 


Eu já mostrei um trabalho da Oiamo Design aqui no blog, mas não custa recolocar a questão do aproveitamento consciente de matérias primas e da valorização da mão-de-obra que está fora dos grandes centros. À venda na Breton (@bretonoficial).
 


Textura na parede, no tecido, na palhinha que reveste o encosto e braços da poltrona de Rejane Carvalho Leite (também da Breton), essa poltrona ainda agrega o fato de ser giratória – e eu adoro uma poltrona giratória...desperta meu lado infantil. E a almofada de encosto ainda colabora para proporcionar mais conforto a esta peça atemporal. Um achado.
 


Que eu sou fã do trabalho do designer Sergio Matos, quem lê este blog, já sabe. Mas esta peça é especialmente bela, desenvolvida exclusivamente para a Franccino (@franccinooficial). Uma trama que remete à cestaria indígena praticada nos rincões do país, ainda tem um tamanho – e uma montanha de almofadas – que transformam esta peça literalmente em um ninho, daqueles que não dá vontade de sair. Linda de viver, como diria a apresentadora.
 


E já que estamos falando de texturas, a qualidade e nobreza dos linhos da Orlean (@orleanrio) são um clássico no universo do design de interiores. Um tecido ultra-indicado ao nosso clima, que pode ser utilizado para estofados, cortinas e até para forrar paredes (já fiz isso em um apartamento meu, ficou chic com força). Esse é um revestimento que nunca sai de moda, e com vida útil extremamente longa.

Eu ainda ia falar da textura dos bolinhos de bacalhau do Bar da Alcione (@bardaalcione), mas não deu tempo de tirar a foto, comi tudo mais rápido do que eu poderia pensar – crocantes por fora, macios por dentro...mas como estou com o peso em dia, posso me dar a esses luxos calóricos.

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