Estava relendo um texto do brilhante escritor/neurologista Oliver Sacks, que conta o caso de um homem que adquiriu uma espécie de daltonia radical – só enxergava branco, preto e as infinitas matizes de cinza. E, além de perder a cor, perdeu a noção da cor. Não relacionava mais a cor laranja à fruta, por exemplo. E, quando colocado à frente de voltar a enxergar as cores, mas sem as garantias de que esta volta seria definitiva, prefere continuar enxergando a vida em preto e branco a ter a possibilidade de rever a vida a cores – como todo mundo – e depois perdê-la novamente. Um caso real, triste e poético narrado por maestria por Sacks. 

E, ao relê-lo, pensei na importância da cor para nossas vidas. A juventude não sabe que, no passado, além de não termos internet, redes sociais & coisas afins, a televisão (e o cinema) eram PB. Inconcebível, para esta geração ultra-conectada.

Mas, se as cores são imprescindíveis, o preto e o branco são os extremos entre as infinitas matizes de nosso dia a dia. E, para ilustrar que a vida em PB pode ser glamurosa, este blog selecionou alguns ambientes de palheta binária para ilustrar a elegância ditada por Mademoiselle Chanel, que eternizou o termo/conceito “pretinho básico” para a moda. Mas com alvas pérolas para contrastar, sempre. 

Sugerimos ler este post ao som de uma trilha sonora adequada – Ebony & Ivory, com os reis Michael Jackson e Paul McCartney. 
 

Recepção Comercial por Maurício Nóbrega Arquitetos.


Suíte Casa Cor São Paulo por Paola Ribeiro – branco com toques de preto no tapete, almofadas e obras de arte.
 

Sala de almoço fecha o foco no PB – sobre esta palheta, qualquer cor (como a das abóboras) explode.
 

Corredor / circulação explorando o conceito PB , dando personalidade a um espaço de passagem.

Quarto de para jovens e/ou crianças. Por que não?
 

Sabe aquele apartamento bem pequeno, mas com potencial? Use e abuse do PB.
 

Drama e elegância no quarto de casal com negras paredes.

O lavabo não é muito grande? Ouse nas listras na parede, preto e branco nas louças e o auxílio luxuoso do dourado.
 

Como diria o decorador Edgar Octavio, “classe, sofisticação e categoria!”.

Uma cozinha simplesmente negra. Chic com força.

Sabe aquele banheirão com vista para os pobres mortais andares abaixo? Arrasou no PB...

Mais um quarto negro. Repare na roupa de cama, que parece “amarrar” todo o ambiente.
 

Preto, branco, cinza...pura elegância.

Novamente Paola Ribeiro, em banheiro gráfico (repare na cor da torneira...)

Esta sala de jantar parece ter saído de um cenário de filme de Tom Ford.
 
O Hotel arrasou no conceito PB. Dá para imaginar o valor da diária...

Fotos: Divulgação

Wair de Paula, Jr.