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O diretor executivo da Associação Brasileira de

Automação Residencial e Predial (Aureside), José Roberto

Muratori, ressalta que, em casa, podemos optar por não

incluir nos controles automatizados certos elementos

mais vulneráveis, como acessos, alarmes e câmeras, por

exemplo. “Essa sempre será uma opção do morador, e o

integrador pode, com ele, estabelecer limites seguros (ou

restritos) no uso desses sistemas.

Segundo Muratori, tecnologicamente falando,

em termos de automação residencial, o Brasil está

praticamente no mesmo estágio dos países mais

desenvolvidos. O problema é com relação à utilização

efetiva dessa tecnologia. Para ele, nesse sentido,

ainda temos um bom caminho a percorrer. Algumas

tendências, como os assistentes virtuais e os produtos

conectados à IoT devem se propagar nos próximos

anos por aqui também. Mas vai depender do grau de

aceitação e de absorção das novas tecnologias pelo

mercado.

Nos EUA, os consumidores têm como

hobbies

e

aceitam melhor produtos

do it yourself

. Assim, muitos

moradores começam o processo de automação de

forma simples e escalável. Talvez precisem de um

profissional em projetos mais complexos, mas o

consumo desses produtos é muito mais difundido em

lojas de varejo e no comércio eletrônico. Já no Brasil

não temos a tendência do “faça você mesmo”. A

busca por soluções mais complexas e que exijam um

profissional capacitado ainda é majoritária.

Dados da última pesquisa realizada pela Aureside,

feita há dois anos, mostram que dos 63,3 milhões de

residências no país (segundo o IBGE), apenas 300 mil

são equipadas com algum tipo de automação, contra

média de 18% na Europa e nos Estados Unidos. A

associação acredita que temos potencial para atingir

1,9 milhão de casas no país com algum nível de

automatização.

E as construtoras já enxergam isso como um

diferencial na hora da venda do imóvel. E não só nos

de luxo. No mercado, já há grandes empreendimentos,

lançados em alguns bairros que seguem o conceito

de “casas inteligentes” e incluem tecnologias como

fechadura biométrica e central de automação para

controle de até 12 aparelhos eletrônicos (como

home

theater

, TV, iluminação, cortinas e ar-condicionado).

Luis Fernando, da High End, ressalta que, antes

de começar um projeto, é preciso avaliar de fato o

que é útil ou não no dia a dia. “Poder encher ou

esvaziar uma banheira por comando de voz é um

investimento desnecessário. Mas, por exemplo,

depois que meu apartamento foi alagado, enquanto

eu estava viajando, decidi automatizar o sistema

de pressurização. Quando eu vou embora, dou

goodbye

, ela desliga sozinha e minha casa fica sem

água. Quando eu digito a senha e entro no imóvel,

a pressurização sobe sozinha. Se meu sensor de

presença ficar 1h30m sem detectar movimento, ele

também desarma o sistema. Isso sem contato físico,

sem falar”.

É mesmo para deixar até um Jetson impressionado. • •

A Internet das Coisas

amplia a abrangência

com que as máquinas

interagem com o

ser humano. Muito

em breve, esses

produtos cuidarão

de nossas casas,

nossa saúde e nossas

cidades, praticamente

estarão cuidando de

nossas vidas. Nossa

privacidade será

transformada em um

enorme fluxo de dados

que trafegarão dentro

da rede

MAGAZINE CASASHOPPING

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