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Girl Power

Wair de Paula, Jr.

 

Acredito firmemente que o mundo estaria melhor se estivesse em mãos femininas. A grande maioria das mulheres não manifesta essa sede incomensurável de poder, a necessidade de fazer suas ideias e intenções se sobreporem às dos outros, as mulheres me parecem ter uma visão mais holística de qualquer assunto, e em sua grande maioria não são belicistas, e isso só para mim já é um ponto extremamente positivo. Então decidi focar nas designers que criam os mais perfeitos, ousados e criativos produtos para nossas casas. E, como no último dia 08 de março foi o Dia Internacional da Mulher, este é mais um bom motivo para celebrarmos estas mulheres.

E começo com essa poltrona acintosamente original, obra de Nika Zupanc para a Mooi, do acervo fantástico da Novo Ambiente. Essa poltrona está à entrada da loja, um convite irresistível para entrar e experimentar essa maravilha.

 

O carrinho Nômade acima, é fruto da mente criativa de Claudia Moreira Salles, uma designer especializada em peças em madeira. Essa carioca desenvolve trabalhos em madeira com forte característica artesanal – ou, no mínimo, semiartesanal de prestígio internacional em sua área, com várias exposições e prêmios em seu currículo. E esta beleza de carrinho pode ser encontrada na Arquivo Contemporâneo, que também tem outros produtos desta designer.

É da Brisa Casa o sofá modular Coral, desenho de Daniela Ferro, uma jovem designer com ótimos produtos criados para espaços outdoor. Daniela afirma que o calor da madeira e dos materiais naturais é uma de suas maiores fontes de inspiração, e seu portfólio de produtos é bastante vasto e diversificado, uma comprovação do talento desta designer.

Cris Schiavoni é a autora do tapete Metrópole, da Santa Mônica Tapetes. Um interessante jogo de formas rígidas e um elemento orgânico, uma metáfora visual das metrópoles, em inteligente interpretação visual. Com a vantagem de ser uma interpretação macia, extremamente confortável...

A chaise longue Fly, de Fernanda Marques exclusivo para a Breton, é pura sedução e sensualidade, com um desenho totalmente orgânico e muito, muito original – o que justificadamente concedeu um prêmio internacional a este móvel. Fernanda tem assinado peças extremamente originais para esta marca, sempre originalíssimas, femininas, maravilhosas.

Eu já citei esta luminária aqui neste blog, mas ela merece um bis – desenho de Lia Siqueira exclusivo para a Lumini, esta peça emite uma luz suave, extremamente agradável, e ainda se apresenta em cores muito elegantes. Lia Siqueira é autora de móveis que já se tornaram icônicos na história do mobiliário brasileiro recente, ela tem uma elegância em seus produtos e uma economia de linhas que resulta em produtos altamente desejáveis.

A atual diretora criativa da Artefacto, Patricia Anastassiadis, é autora deste sofá elegantíssimo, que remete ao melhor do Art Nouveau, porém com conforto contemporâneo. Lindo, como vários outros produtos que a arquiteta/designer criou para a marca. Um verdadeiro sonho de consumo. 

Outra peça de autoria de Daniela Ferro, agora para a Franccino. Lindo, confortável, o sofá Benjamim foi criado para áreas externas, mas pode facilmente frequentar livings elegantes, dado sua proposta contemproânea – e o conforto característico dos produtos desta marca. Pensar que um sofá desta categoria pode frequentar tanto áreas externas quanto áreas internas é a comprovação de que conceitos bem definidos geram produtos versáteis.

E termino esse périplo por mulheres talentosas com a obra que está à direita da foto acima, de autoria de Martha Noto, a argentina que foi cofundadora do Grupo de Artistas Não Figurativos da Argentina.  Ela é considerada uma pioneira da arte cinética e programada, detentora de um trabalho potente, maiúsculo, lúdico e fascinante. Eu adoro a obra desta artista, e esta pertence ao acervo da A. Thebaldi Galeria. E, acima desta, um objeto em vidro e fios de cobre, também de outra artista, a ítalo-brasileira Adriana Banfi , que tenho a sorte de chamar de amiga, e que também pertence à mesma galeria.

Os homens deveriam aprender mais com as mulheres através de uma situação específica – para elas, sentir demais não as fragiliza, apenas as torna mais fortes e humanas.

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