Recentemente, em uma espécie de bate-papo sobre design de interiores com um grupo de alunos de uma faculdade, um dos palestrantes (e amigo) criticou o excesso de sofás curvos, ou orgânicos, que ele havia visto em uma Casa Cor recente. E eu sou obrigado a concordar, há um momento em que a tendência vira hegemonia, e aí todo mundo cai na mesma solução. Em 2024, no espaço que eu e Lenora Lohrisch fizemos para a Casa Cor Rio, utilizamos dois sofás orgânicos, da Vivence (foto acima de meu amigo Denilson Machado), mas não em virtude desta dita tendência. Nosso espaço era retangular, designado como a recepção de um Hotel Boutique, era uma passagem, e eu não queria interromper o fluxo de pessoas. Foi uma solução prática, que ganhou relevância com este sofá lindo, e que fazia par perfeito com a poltrona de Niemeyer (da Arquivo Contemporâneo). Então, vamos ao tema – sofás curvos, ou orgânicos...
A proposta acima é da Way Design, um sofá curvo grande, confortável, que exige espaços igualmente grandes. Este tipo de sofá permite uma conversa mais fácil entre os usuários deste, portanto, é um acerto se o espaço permite. A foto deste espaço é de outro amigo, Andre Nazareth. Um ambiente sóbrio, elegante com esta divisória acompanhando o formato do sofá. Um living para se receber amigos com conforto e tranquilidade.
Na foto acima, o sofá modular da Zirath Home permite variações de arrumação, se adaptando ao espaço e/ou projeto. As almofadas decorativas podem ser no mesmo tom do sofá, ou contrastantes, dependendo do gosto do usuário. E este sofá tanto pode se apresentar numa versão menorzinha, quanto extremamente grande, em virtude de seu desenho modular. Prático – e muito confortável.
Um luxo o sofá acima, da Sierra Móveis. Tem um desenho ligeiramente retrô, e neste tom de caramelo queimado ficou ainda mais elegante e moderno. Eu adorei este sofá, me lembra as decorações parisienses, onde ele estaria situado em uma parede colorida, repleta de quadros, com um tapete estampado e um abajur moderno. Gosto destes contrastes, e este sofá se permitiria perfeitamente a esse mood.
Este sofá lindo, longo e modular é da Estudio Bola. O sofá Mexerica tem uma tapeçaria em gomos, o que ajuda a disfarçar um pouco sua modulação. Também tem a versão menor, aqui estamos vendo uma proposta bem grande, para espaços igualmente generosos. E este sofá, que não tem almofadas soltas, oferece um conforto inacreditável, perfeito em sua ergonomia e proporções.
Outro sofá orgânico, simplesmente delicioso, o sofá Antônia da Breton. Grande, delgado, quase sensual, e me lembra muito um sofá que tinha na casa de uma tia, em um living espaçoso onde toda a família se encontrava no Natal. Seu assento deve ter dado muito trabalho para desenhar e executar, pois ele é totalmente arredondado, impecavelmente bem resolvido nesta proposta.
Para espaços não tão grandes, esta pequena joia que encontrei no showroom da Bazzi. Linhas perfeitas, fluidas, a inclinação do assento perfeita, o encosto que vai diminuindo à medida que chega no limite, uma sutileza de desenho. Eu imaginei este sofá com dois tecidos diferentes, um tecido indiano bordado no assento, e um veludo coral escuro no encosto, em um apartamento parisiense com vista para a Tour Eiffel. Trés chic!
Até a Natuzzi, conhecida por seus maravilhosos sofás retráteis, perfeitos para home theaters, se curvou à essa tendência. E propõe este sofá de encosto volumoso, perfeitamente encaixado no assento, como se este volume tivesse pousado na base, e com a qualidade que já é característica desta marca. Um produto que eu assumo, adoraria ter desenhado, adorei a forma e os volumes deste sofá.
A posição deste sofá, em curvas consecutivas e opostas, exige espaços mais amplos, generosos. Lembrei-me de uma música de Roberto Carlos, mas na versão de Elis Regina – As curvas da estrada de Santos. Esse sofá me remeteu às curvas da estrada, nesta máxi-dimensão , e que aqui teve um inteligente e belíssimo contraponto deste tapete em listras regulares, reforçando o desenho sinuoso do móvel. Da Artefacto.
Desenho de Daniela Ferro com exclusividade para a Franccino, o sofá acima se apoia em uma estrutura de madeira, que se prolonga em uma espécie de mesa baixa. Um sofá perfeito para um ótimo bate papo, ou simplesmente para se deitar nele e aproveitar do tão sonhado dolce far niente. Esta marca oferece um sofá similar também para ambientes externos, apenas um pouquinho menos macio, em virtude de a espuma ser diferente.
E esse cenário lindo é a proposta da Brentwood para seu sofá curvo, aqui em belíssima sintonia com as curvas da obra de Abraham Palatnik pendurada à parede. Outra proposta robusta, quase “gordinha”, que acolhe, abraça, conforto em sua potência máxima. E eu tenho que confessar que adorei este cenário, uma proposta extremamente elegante e poderosa.
Seguramente voltaremos ao tema em um post futuro, pois as lojas do Casashopping oferecem várias opções deste produto, um mais bonito que o outro – fica até difícil escolher um só. Entre estes que estão presentes aqui, meu coração balança...