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Será, sem sombra de dúvida, uma oportuni-

dade para a troca de experiências entre paí-

ses, governos, sociedade. Haverá também um

Fórum Mundial de cidades para o qual serão

convidados todos os prefeitos das cidades

que sediaram o Congresso. “Vamos estimular

debates que possam trazer melhorias ao nosso

futuro e temos tido uma receptividade enorme.

Além do programa oficial, muitos órgãos estão

interessados em participar e receberão um

selo que marcará a sua participação”, conta

Backheuser. Para ele, entre seus ícones arquite-

tônicos preferidos estão o Museu Histórico, os

prédios Art Déco de Copacabana, o Outeiro da

Glória, o Real Gabinete Português e o Mosteiro

de São Bento. “Mas destaco também a pro-

dução de Grandjean de Montigny”, arremata.

Foi realmente a inadequação da corte portu-

guesa ao cenário tropical da cidade que deu a

partida para torná-la mais cosmopolita. O Rio

passou a ter uma tendência neoclássica, intro-

duzida pela Missão Francesa, feita, também,

por profissionais brasileiros que construíram

a Casa da Moeda e o Palácio do Itamaraty. A

capital “moderna” ficou por conta do prefeito

Pereira Passos, que desmontou morros, abriu

a avenida Central, hoje Rio Branco, e levou a

urbanização até Copacabana, destruindo, com

isso, muitos vestígios do Rio antigo.

O arquiteto Ronald Goulart, ele próprio

morador do icônico Edifício Praia do Flamengo,

projeto do arquiteto francês Joseph Gire, de

1923, enumera seus preferidos. “Gosto muito

da Igreja de Nossa Senhora da Glória do

Outeiro, do edifício Biarritz (também projeto

de franceses, Henri Sajous e Auguste Rendu),

do Real Gabinete Português de Leitura e do

Hotel Copacabana Palace, de autoria também

de Gire. Dos Modernistas, destaco os edifícios

do Parque Guinle, de Lúcio Costa, o Instituto

Moreira Salles, de Olavo Redig de Campos,

o aeroporto Santos Dumont, dos Irmãos

Roberto, e o Museu da Chácara do Céu, em

Santa Teresa.

Espremido entre as montanhas e o mar, o Rio

de Janeiro, cada vez mais, perde sua feição ori-

ginal, mas os estilos variados são a composição

da alma da cidade. Augusto Ivan destaca que,

com a queda da monarquia e o surgimento

da República, o Rio do cartão postal ficava na

Cinelândia, com o Theatro Municipal, a Biblioteca

Queremos que as discussões

não se limitem aos

profissionais, mas extrapole

para todos os moradores do

Rio. Vamos discutir como

a arquitetura pode ajudar a

construir ummundo melhor”

Foto: Shutterstock

MAGAZINE CASASHOPPING

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