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ais um título chega para levantar o
orgulho do carioca. Desta vez, na área
da arquitetura: de 19 a 23 de julho
de 2020, a cidade vai sediar o 27º Congresso
Mundial de Arquitetos, promovido pela União
Internacional de Arquitetos, UIA, e organizado
pelo Instituto de Arquitetos do Brasil. O melhor
de tudo é saber que a “
muy
heróica e leal cidade
de São Sebastião do Rio de Janeiro” concorreu
com duas capitais maravilhosas – Melbourne e
Paris. Mas, ao longo de todo o ano de 2020,
eventos diversos serão realizados em sítios cultu-
rais como museus, galerias e até mesmo praças.
Esses congressos acontecem a cada três anos e
nunca foram realizados no país, que tem cerca de
160 mil arquitetos e urbanistas cadastrados no
CAU e mais de 150 mil estudantes matriculados.
Mais motivos para orgulho? O Rio foi o primeiro
a receber a designação de Capital Mundial da
Arquitetura, chancelada pela Unesco.
E quem não tem um ícone arquitetônico, ou
vários, que enfeita nossa paisagem e sintetiza
nossa identidade? Cada um de nós tem seu
prédio preferido e, apesar da cidade ter sido
feita e refeita muitas vezes, são as camadas
históricas a sua maior atração. Infelizmente,
não existem vestígios arquitetônicos da fun-
dação da única cidade colonial da história
a se tornar capital de um império que, em
1567, assemelhava-se, pobremente, às cida-
des medievais da Europa. Ela foi sendo cons-
truída sobre pântanos, mangues e lagoas sem
nenhum planejamento, porém algumas edi-
ficações feitas até 1808 subsistem, como os
Arcos da Lapa, o Paço Imperial e o Mosteiro
de São Bento. Muitos, como o arquiteto,
urbanista e professor Augusto Ivan de Freitas
Pinheiro, autor de vários livros e um dos res-
ponsáveis pela concepção do projeto do
Corredor Cultural, de preservação e revitaliza-
Foto: Shutterstock
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