Num passado não muito distante, ao procurarmos um papel de parede para casa, era usual nos depararmos com catálogos que misturavam listras, listras largas, xadrez e uma barra. Ou a mesma versão com florais, em composições pré-estabelecidas muito agradáveis, mas raramente surpreendentes. Hoje, os catálogos de papéis de parede oferecem uma profusão absurda de acabamentos, padronagens, estilos, referências – o que permite escolhas e resultados muito pessoais, personalizados. Vejamos a parede da foto acima – a aparência 3D ocasionada pelo desenho proporcionou um espaço contemporâneo, e com uma perspectiva impressionante.
Aqui, o papel de parede em relevo, de tonalidade fria ligeiramente metalizada, confere um aspecto “retrô” ao espaço, reforçado pelo estilo do Buffet. Reforçando que, além de tudo, a manutenção de uma parede revestida com papel é geralmente mais fácil de ser feita do que em uma parede com pintura padrão.
Uma novidade – aliás, nem tão novidade assim...- são os papéis de parede 3D. Relevos expressivos dão uma nova aparência à sua parede e ao seu espaço, e hoje as lojas oferecem um grande número de opções deste produto, proporcionando ótimas soluções – como mostra a foto acima. A primeira vez que vi “ao vivo” um produto deste, aplicado num ambiente, foi em uma mostra de decoração – um espaço feito pelo arquiteto Guilherme Torres tinha uma imensa parede forrada de um papel 3D em azul intenso, como você pode verificar abaixo.
Este papel parecia “embalar” a belíssima coleção de móveis brasileiros que este espaço exibia, e era interessante ver a reação das pessoas junto à parede : era impossível conter a vontade de passar a mão na superfície, para sentir o relevo. Este papel especificamente você pode encontrar na Orlean (www.orlean.com) .
Ao fazer a pesquisa para este post, encontrei este outro espaço feito também por Gui Torres, onde o papel de parede 3D metalizado transforma a parede em um ponto forte do ambiente, com resultado dramático e muito moderno.
A holandesa MOOOI (www.moooi.com) lançou uma tendência na Feira de Milão de 2017, reforçada na mesma feira de 2018 : desenhos muito complexos, transformando as paredes em verdadeiros murais. O papel da foto acima fazia parte de uma coleção chamada Museu dos Animais Extintos, e tinha além da profusão de folhas e flores, alguns animais inexistentes muito interessantes.
Claro que eu (e mais uma infinidade de pessoas) tinha que tirar uma foto em frente àquela maravilha. Preciosismo com ousadia é uma característica desta marca, que se preocupa em criar tendências em vez de simplesmente segui-las.
Hoje eu me surpreendo com o resultado obtido com os novos papéis de parede. Uma verdadeira infinidade de artistas criam temas dos mais distintos, o que permite que um espaço em branco ganhe cor e intensidade com poucos rolos deste material. Imagine a cena da foto acima com uma parede branca – correto, mas sem graça, não? E eu achei este papel lindo, parece uma imensa aquarela cobrindo a parede.
E até algumas técnicas antigas podem ser cooptadas por este material. O papel acima foi impresso com o tema do Shibori, ancestral técnica oriental de tingimento de tecido (sempre azul sobre branco, com intensidades variadas). Versatilidade, praticidade, rapidez de colocação – o papel de parede literalmente veio para ficar, ou melhor – voltar, visto que era muito utilizado no passado, deixou de ser usado em torno dos anos 1960 a 1980, e agora volta com tudo.
Portanto... dê um pulo na Orlean, na Ekko Revestimentos (www.ekkorevestimentos.com.br), na Metro Quadrado (www.m2q.com.br) ou na RJ Sign (www.rjsign.com.br) e divirta-se com as opções. Tem para todos os gostos, estilos – e bolsos. Comece 2020 com paredes mais bonitas...