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Então é Natal...

Wair de Paula, Jr.



Dizem os historiadores que o costume de enfeitar árvores para alguma ocasião específica é mais antigo que o próprio Natal, visto que antes mesmo de Cristo, praticamente todas as culturas e religiões pagãs usavam enfeites em árvores, geralmente para celebrar ritos relacionados à natureza, fertilidade, fartura, etc.
No Egito, era hábito trazer ramos verdes para dentro de suas casas, no solstício do inverno, para celebrarem a vitória da vida sobre a morte.



Os druidas Celtas decoravam os carvalhos com maçãs douradas, em épocas festivas. E, segundo documentos, os primeiros registros de uma “árvore de Natal” datam do início do século XVI, mais precisamente na Lituânia.

Mas o que realmente significa mesmo a árvore de Natal? Sua origem se encontra no antigo calendário cristão, onde o dia 24 de Dezembro era dedicado a Adão e Eva, e a história do mais famoso casal da Bíblia costumava ser encenada nas igrejas – e, como representação do paraíso, comumente era utilizada uma árvore carregada de frutos.



A partir daí, os cristãos começaram a montar estas árvores em suas próprias casas, e com o passar dos tempos estas foram ficando cada vez mais e mais decorada. A estrela, obviamente, simboliza a Estrela de Belém. E as velinhas (hoje luzinhas...) simbolizam a luz divina.

Reza a lenda, também (originada durante os séculos XVII e XVII), que Martinho Lutero, fundador do protestantismo, foi o autor da árvore de Natal. Ele teria tido uma espécie de visão ao caminhar durante uma noite por uma floresta, onde observou o efeito das estrelas nos topos das árvores – e teria, então, transformado esta visão numa árvore decorada com velas (particularmente, prefiro a primeira versão...).



Mas foi no século XIX que a árvore de Natal começou a se espalhar pelas casas do mundo todo – e isto se deve a um fato aparentemente banal (mas que explica nosso fascínio pela realeza...). O Príncipe Albert, marido de origem alemã da rainha Victória, montou uma árvore de natal literalmente real, no igualmente Real Palácio Britânico, e tirou uma fotografia de toda a família (real, claro...rs) junto à árvore. Esta foto foi publicada na revista Ilustrated London News de 1846 – e causou o reboliço que, até hoje, perdura.



Hoje a árvore, propriamente dita, foi substituída por uma série de elementos, como provam as fotos deste post. Mantém-se a forma de um pinheiro, mas os elementos foram substituídos – ou por galhos de árvore, por bolas de tricô, por uma pilha de livros (e até uma de garrafas, que me recuso a divulgar...), por uma arrumação de caixas e livros em frente à um espelho...



Em suma : tudo vale a pena para manifestar não apenas seus dotes criativos, mas também para comemorar esta data. Eu não tenho montado árvore de Natal em minha casa faz muito tempo,mas este post me inspirou – de verdade. Depois mostro o resultado. Provavelmente será algo muito simples,nada tão elaborado quanto esta foto abaixo



um ajuntamento de coisas diferentes, mas de altíssimo resultado estético – prova de que criatividade as vezes supera a “força da grana que ergue e destrói coisas belas”, como canta um de nossos maiores poetas.
E você, já fez a sua árvore de natal? Está esperando o quê, ideias aqui não faltam...

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